Caminho inteligente para resolver os problemas dos parques de BH

Marcela Trópia na Mesa Diretora da Câmara de BH. Plano médio curto.

Boa parte dos parques de BH e grande parte dos espaços públicos da cidade estão mal cuidados e esquecidos pelo poder público. Esses locais precisam de investimentos e manutenção constantes para se manterem bonitos e com boas condições de uso pelos belo-horizontinos.

O problema é que a Prefeitura não tem orçamento suficiente para garantir a zeladoria de todos os cantos da cidade. Isto é, o dinheiro público é finito e, muitas vezes, é preciso priorizar outras áreas e investir em demandas mais urgentes.

Como resultado, muitos parques e praças da cidade ficam com infraestrutura precária, entulho acumulado, falta de pintura, grama sem cuidar, bancos quebrados… a lista é grande.

Em primeiro lugar, é preciso encarar a realidade de que o orçamento público está longe de ser suficiente. A Prefeitura precisa buscar soluções inteligentes e eficazes para garantir que parques e praças sejam bem cuidados. 

Uma das formas que ela pode fazer isso é permitindo que empresas privadas contribuam realizando essa zeladoria por meio das concessões.

Nesse sentido, a concessão da gestão de espaços públicos permite que uma empresa, associação ou até um grupo de moradores possa tomar conta do cuidado e da manutenção de espaços públicos. 

Como funciona a concessão de um espaço público? 

Há uma série de formatos de concessões já regulamentadas por lei. A Prefeitura pode definir qual forma vai ser utilizada e também o bem ou espaço que será concedido. 

Antes de tudo, ela deve elaborar estudos adequados para a nova gestão do determinado patrimônio, e a concessionária será remunerada depois de comprovar a prestação do serviço.

Esse modelo de gestão é diferente da privatização, em que a iniciativa privada pode comprar o bem. Ou seja, enquanto a concessão prevê um contrato temporário de gestão, a privatização propõe a transferência de propriedade de um bem.

A concessão, portanto, é uma forma de o governo garantir que serviços e recursos cheguem à população, mas mantendo a posse do bem público.

Assim, contratando uma gestora especializada, o governo garante investimento de capital privado para parques e praças, que são espaços públicos, sem onerar o orçamento público.

Entenda melhor a diferença entre as duas formas de administração.

Processo de conceder um bem público

O processo de concessão de um bem público do governo para a iniciativa privada ocorre por meio de contratos e regulações.

Dessa forma, o órgão público que detém a posse do bem elabora um edital de licitação para escolher a concessionária e determinar as regras que ela deverá cumprir, como reformas, revitalizações e manutenções. 

Neste momento, a empresa conhece as previsões de investimento, o espaço concedido, o tempo determinado para a administração e suas outras obrigações.

Em seguida, depois da definição da empresa concessionária, firma-se um contrato que regula as condições previstas para a administração dos parques de BH, praças ou outros tipos de espaços públicos.

Exemplos de concessões bem sucedidas

Concessão do Aeroporto de Guarulhos

Antes da concessão, a gestão do aeroporto era ruim e o local tinha problemas recorrentes de superlotação. 

Agora, o aeroporto ganhou uma infraestrutura moderna e inovadora e passou a contar com:

  • Novos terminais de embarque e desembarque;
  • Implantação de novas tecnologias;
  • Ampliação de áreas comuns.

Hoje ele é um dos principais hubs da América Latina e um dos melhores do mundo.

Caso Expominas: o que melhorou depois da concessão

A concessão do maior Centro de Convenções de Minas Gerais aconteceu em 2018, com a Codemig deixando de ser a responsável direta pela administração do local.

Depois da concessão, alguns números podem ser observados: 

  • O Estado deixou de gastar R$ 4 milhões anuais com manutenção;
  • Foi registrado aumento de receita com royalties anuais de até R$ 11 milhões; 
  • Houve crescimento de 161% do número de eventos no maior Centro de Convenções do estado.

É um grande sucesso!

Concessões nos parques de BH: perspectivas

O Parque das Mangabeiras e o Mineirinho já estão sendo concedidos. Seguindo essa linha, podemos ir além e conceder pequenas praças e outros parques de Belo Horizonte.

Permitir a gestão da iniciativa privada por meio das concessões é atrair investimentos sem onerar os cofres públicos. 

Desse modo, a Vereadora de BH Marcela Trópia, junto da bancada do NOVO na cidade, apresentou projeto para tornar o procedimento de adoção de áreas públicas mais rápido e eficaz por parte da população que deseja cuidar do ambiente do local. 

Entenda: Bancada do NOVO em BH apresenta o Projeto de Lei “Adote o Verde”

Desafios de se fazer uma boa concessão

As concessões não são perfeitas. Precisam seguir princípios e diretrizes para que o processo tenha resultados positivos e que a nova gestão atenda os interesses da população.

Isto é, é preciso que o processo seja transparente, garantindo a participação das empresas no edital de licitação e que a escolha da concessionária seja feita de forma técnica.

Além disso, a concessionária deve poder explorar o local para ter lucro, mas sem onerar o bolso da população, que já paga muitos impostos. Em outras palavras, é preciso que haja equilíbrio financeiro. 

Portanto, seguindo essas diretrizes, a concessão de bens públicos tem tudo para ser uma ótima solução para a carência que a população de Belo Horizonte tem na busca pelo lazer em espaços públicos como praças e parques.

Com as concessões, a falta de investimentos nos parques de BH, por exemplo, tem grande perspectiva de ser resolvida com a gestão privada. 

É uma ideia que pode ser expandida para vários outros bens e espaços públicos da cidade que também estão abandonados. 

Leia também: conquistas do mandato da Vereadora de BH Marcela Trópia

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Vereadora Marcela Trópia - Partido Novo

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